Perseu: Sócrates, que é sabedoria?
Sócrates: Consideras-te sábio?
Perseu: Sim eu tenho conhecimento, por isso considero-me sábio.
Sócrates: Se te consideras sábio, então sabes o que é sabedoria.
Perseu: ... não, não consigo definir o que é sabedoria.
Sócrates: Estás dizendo que não sabes?
Perseu: Sim admito que não sei.
Sócrates: Agora que admitiste tua ignorância, podemos construir um conceito. Veja bem, reconheces que és preciso ter sabedoria para admitir tua ignorância?
Perseu: Sim, consigo preceber isto.
Sócrates: Podemos então concluir que sabedoria é conseguir admitir a própria ignorância?
Perseu: Não vejo como discordar de ti, obrigado Sócrates.
Sócrates: Disponha.
(Perseu sai de cena)
Sócrates: Vê, Aristóteles, é assim que funciona o meu método.
Aristóteles: Certo, mais a parte da maiêutica não chega a ser realizada.
Sócrates: Como? Eu fiz com que ele chegasse ao conceito, não fiz?
Aristóteles: Verdade mais fizeste com que Perseu chegasse ao teu conceito, não fez parte das idéias dele, entende?
Sócrates: Entendo, esperavas que eu o fizesse chegar às suas conclusões sem base em minhas idéias, estou certo?
Aristóteles: Sim, compreendes. Logo, podemos concluir que fazes com que a pessoa construa, mas não a partir das ideias dela, e sim a partir de tuas ideias, concordas?
Sócrates: Absolutamente, fizeste uma análise muito boa de meu método.
Ass: Artur Teles e João Gabriel
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